domingo, 29 de agosto de 2010

Saúde e Equilíbrio

Para garantir saúde e equilíbrio, prometa a você mesmo:
  • colocar-se sob os desígnos de Deus, cada dia, através da oração e sustentar consciência tranqüila, preservando-se contra idéias de culpa;
  • dar o melhor de si no que esteja fazendo;
  • manter coração e mente, atitude e palavra, atos e modos na inspiração constante do bem;
  • servir, desinteressadamente, aos semelhantes, quanto esteja ao alcance de suas forças;
  • regozijar-se com a felicidade do próximo;
  • esquecer conversações e opiniões de caráter negativo que haja lido ou escutado;
  • acrescentar pelo menos um pouco mais de alegria e esperança em toda pessoa com quem estiver em contato;
  • admirar as qualidades nobres daqueles com quem conviva, estimulando-os a desenvovê-las;
  • ouvidar motivos de queixa, sejam quais sejam;
  • viver trabalhando e estudando, agindo e construindo, de tal modo, no próprio burilamento e na própria corrigenda, que não se veja capaz de encontrar as falhas prováveis e os erros possíveis dos outros.
Retirado do livro "Passos da Vida"

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Agradecimento especial


Hoje meu agradecimento vai aos meus pacientes tão queridos! Têm dias que, na correria, não nos damos conta de como é importante agradecê-los, mesmo que apenas na nossa mente, ao invés deles nos agradecerem. Um dia desses, não sei porque, mas me dei conta disso. Talvez por estar, nesse momento, trabalhando com pacientes mais debilitados, do que o normal, na minha vida acadêmica. Sempre trabalhei bastante com pessoas mais jovens e ativas... e agora tenho atendido um perfil bem debilitado também. E sempre ouvimos ao final de cada sessão: "Muito obrigada!; Que Deus ilumine seus caminhos!; Que Deus abençoe suas mãos de anjo (esse paciente já partiu desse nosso mundo - CARINHO)!; Que você seja muito feliz nas sua profissão!; Que você continue tão dedicada e atenciosa! etc e etc". E, neste dia, eu pensei no que ELES, todos os dias, me ajudam.
Ver a força de vontade de cada um em busca de sua reabilitação... ver a lição de vida que cada um nos dá, ao contar suas histórias... ver o quanto temos saúde, diante destes que estão tão dependentes física e emocionamente para TUDO... ver o quanto ELES confiam no meu trabalho... é um APRENDIZADO diário... para valorizármos mais a nossa própria saúde e termos a humildade de reconhecer que ELES nos ensinam muito, que não são apenas ELES que aprendem com o nosso tratamento! Eu aprendo muito e MUITO mesmo em todos os sentidos!!!
Muito obrigado!!! Obrigada aos meus pacientes Queridos!!! Obrigada por todo carinho que todos demonstram por mim!!!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Li e repasso!

A arte de caminhar

Desde a antiguidade movimentar o corpo ajuda as pessoas a pensar, tomar decisões e expressar indignação; na literatura artistas e apaixonados são andarilhos

 A consciência da necessidade de praticar exercícios físicos é recente. “No começo, era o pé”, diz o antropólogo Marvin Harris. O pé, não a mão. A mão nos fez humanos – mas antes de sermos humanos somos parte do reino animal, e o nosso corpo precisa atender às necessidades que os animais enfrentam, entre elas a do deslocamento. O ser humano evoluiu, tornou-se bípede, mas continuou caminhando. E passou a usar a caminhada para outros fins que não o de chegar a um lugar específico: o de buscar determinada coisa. Praticar exercícios físicos é algo relativamente recente, mesmo porque, no passado, o sedentarismo era a exceção antes que a regra; caçadores, agricultores, trabalhadores em geral jamais pensariam nisso. Mas muito cedo o ato de caminhar adquiriu um significado psicológico, simbólico. O protesto político muitas vezes se fez, e ainda se faz, sob a forma de marchas, de caminhadas; foi o caso da Marcha dos 100 Mil (1968), um dos primeiros protestos organizados contra a ditadura no Brasil. Os filósofos gregos muitas vezes ensinavam a seus discípulos caminhando. “Levanta-te, toma teu leito e anda”, diz o Evangelho (João, 5:8), ou seja, vá em busca de seu destino, de seus objetivos. E Santo Agostinho cunhou uma expressão famosa: Solvitur ambulando, caminhar resolve (os problemas, as dúvidas). Por quê?
No livro Wanderlust: a history of walking (A ânsia de vagar: uma história da caminhada), de 2000, Rebecca Solnit diz que andar permite “conhecer o mundo através do corpo”, ou, nas palavras do poeta modernista Wallace Stevens (1879-1955): “Eu sou o mundo no qual caminho”. Trata-se, pois, de uma experiência cognitiva, muito necessária nesses tempos em que as pessoas se deslocam sobretudo utilizando carros, trens, aviões. Mas caminhar também envolve um processo de autoconhecimento, quando não de inspiração. “Os grandes pensamentos resultam da caminhada”, diz o filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900), uma ideia que Raymond Inmon expressa de forma mais poética: “Os anjos sussurram para aqueles que caminham”. O escritor francês Anatole France (1844-1924) faz uma comparação interessante: “ É bom colecionar coisas, diz ele, mas é melhor caminhar. Porque caminhar também é uma forma de colecionar coisas: as coisas que a gente vê, as coisas que a gente pensa”. Esse processo é facilitado pela renovação da paisagem, seja ela rural ou urbana, e pelo próprio automatismo do ato de caminhar.
Não é de admirar, portanto, que muitos escritores tenham abordado o tema da caminhada. Foi o caso do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), figura marcante do Iluminismo francês e precursor do romantismo – os românticos, sobretudo os alemães, eram grandes andarilhos. Em suas Confissões, disse Rousseau: “Só consigo meditar quando caminho. Minha mente só trabalha junto com minhas pernas”. À obra (publicada postumamente) que resume muito de sua biografia e de sua filosofia, Rousseau deu o título de Os devaneios do caminhante solitário (Lês rêveries du promeneur solitaire). Os dez capítulos são denominados promenades (caminhadas). Finalmente, temos um termo analisado tanto pelo poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867) como pelo escritor alemão Walter Benjamin (1892-1940). Trata-se de flâneur, que vem do verbo flâner, vagar (em português temos o galicismo flanar). O flâneur, do qual Benjamin era um exemplo, vagava por Paris, observando o que se passava a seu redor, num claro desafio à moral burguesa então vigente, que via isso como vagabundagem. Uma vagabundagem da qual resultaram, contudo, textos admiráveis. Caminhar, como diz o escritor americano contemporâneo Gary Snyder, é a grande aventura.

Idoso caminhando no campo de centeio, óleo sobre tela, laurits andersen ring, s/d, coleção particular
Fonte: Revista Viver Mente & Cérebro




domingo, 15 de agosto de 2010

Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico progressivo causado pela degeneração de neurônios da substância negra responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor relacionado principalmente com a função de coordenação de movimentos. Foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson.
A OMS estima que em 2040 serão cerca de 8.000.000 de pessoas afetadas em todo o mundo. E, no Brasil, 2000.000 afetadas.
As manifestações clínicas surgem quando pelo menos 80% das células da substância negra são acometidas.  Tende a afetar as pessoas mais idosas. Os primeiros sintomas geralmente aparecem à partir dos 50 anos. pode acontecer em pessoas mais jovens, embora os casos sejam raros.
Na DP encontramos características motoras, tais como:
  1. tremor em repouso;
  2. bradcinesia (lentidão dos movimentos);
  3. rigidez ( hipertonia plástica acometendo a musculatura flexora).
O diagnóstico é feito por exclusão, sendo baseado na história clínica do paciente e exame neurológico. Quando pelo menos 2 desses sinais clínicos estão presente, grandes são as chances do paciente ser portador da doença. Porém, há exceções.
Complicações não motoras: hipotonia ortostática, distúrbios gastrointestinais, distúrbios respiratórios, distúrbios sexuais, distúrbios do sono, sensitivos e dor, alterações emocionais (depressão e isolamento).  
A doença não tem cura, mas DEVE ser tratada de forma a combater os sintomas e também retardar o seu progresso. A progressão é muito variável e desigual entre os pacientes. Possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.
FISIOTERAPIA é ESSENCIAL para o tratamento da doença. Um dos principais objetivos da fisioterapia é oferecer ao paciente uma maior independência nas Atividades de Vida Diária, com conseqüente melhora da sua qualidade de vida. São prescritos exercícios para treinamento das atividades mais complicadas de serem executadas por cada paciente, exercícios para manutenção ou melhora das condições musculares (alongamento e fortalecimento globais), exercícios posturais e de equilíbrio. Todos esses sendo associados a movimentos respiratórios. 
  

Chama-se Tulipa James Parkinson. Batizada por um floricultor
holandês em uma homenagem ao médico que descreveu
pela primeira vez essa doença.